A Câmara Municipal de Florianópolis aprovou a Lei nº 18.341/2021 que implementa o Programa de Leishmaniose Visceral Canina (LVC) como política pública do município como política de bem-estar animal com o objetivo de oferecer tratamento aos cães acometidos pela doença sob residência e fiscalização municipal. O programa aprovado possibilita o tratamento de cães acometidos pela doença, que possuem tutores de baixa renda.
Com a aprovação do programa, os tutores de baixa renda receberão apoio integral e gratuito do Centro de Controle de Zoonoses (por meio da Secretaria Municipal de Saúde) para consultas veterinárias, medicação e até internação, se necessário. A Leishmaniose Visceral Canina, comumente conhecida como calazar, é uma doença infecciosa não infecciosa que pode ser transmitida a cães e humanos.
A infecção ocorre pela picada do protozoário Leishmania infantum chagasi por insetos conhecidos como mosquito-palha ou birigui. O protozoário causador de doenças parasita as células de defesa do cão ou do corpo humano, causando uma cascata de problemas que levam a alterações em órgãos vitais. As crianças são as principais vítimas da leishmaniose, doença crônica que, se não tratada, leva à morte na maioria dos casos.
Os animais doentes podem apresentar:
Fraqueza;
Emagrecimento;
Problemas de pele;
Crescimento anormal das unhas;
Alteração no funcionamento de vários órgãos e sistemas;
É uma doença de evolução lenta e alguns animais infectados podem não apresentar sintomas.
Como evitar?
Observe as populações de cães, controle os insetos vetores e evite que eles mordam. Essas ações são tanto proteção pessoal quanto gestão ambiental.
Manejo ambiental para controle do vetor:
Evitar sombreamento excessivo do pátio e eliminar fontes de umidade;
Eliminar resíduos sólidos orgânicos e dar destino adequado a este lixo;
Limpar quintais, terrenos e praças públicas (recolhendo folhas e galhos);
Canis telados com malha fina que evite acesso de insetos;
Coleiras impregnadas com deltametrina a 4% (como medida auxiliar de prevenção da doença nos cães);
Medidas de controle da população canina:
Manejo de cães em situação de rua;
Estímulo da posse responsável de animais domésticos;
Pela lei aprovada, os tutores de baixa renda que optarem por tratar os animais passarão pela Secretaria Municipal de Saúde (Centro de Controle de Zoonoses), sendo vedado qualquer tipo de cobrança. Proprietários que não atendam aos critérios de baixa renda podem optar por tratar animais com leishmaniose visceral canina, o que deve ser demonstrado ao Centro de Controle de Zoonoses sob cláusulas de conscientização e responsabilidade, assinadas sob supervisão veterinária.
O tratamento de animais diagnosticados com LVC sob custódia municipal será uma prioridade dada a alternativa à eutanásia.
Para os fins desta Lei, considera-se tutor de baixa renda a pessoa cuja renda familiar não ultrapasse três salários mínimos, sem prejuízo de outras condições previstas em decreto do chefe do executivo municipal.
Se você gostou deste conteúdo, deixe aqui seus comentários e tire suas dúvidas! Dra. Dyba, atendimento Veterinário Domiciliar em Florianópolis.
Comments